O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi condenado pela 2ª Vara Cível de Maricá a pagar R$70.350,41 a uma trabalhadora doméstica que teve os dados pessoais utilizados para cadastrar um celular de Cabral em que ele negociava propinas. Ele terá 15 dias para fazer o pagamento do montante, em que é estipulada uma multa de 10% e a inadimplência de seu nome em caso de descumprimento.
A Justiça chegou ao valor de mais de 70 mil reais ao levar em conta danos morais e honorários dos advogados da trabalhadora. Ela é Nelma Saraça, que jamais teve envolvimento com qualquer atividade ilícita, mas que chegou a perder o emprego e ter sido submetida a constrangimento após ser associada aos escândalos. A prática de utilizar o nome de terceiros, com ou sem consentimento, para intermediar negociações financeiras ilegais, tem o nome de "laranja". A trabalhadora está desde que teve o nome relevado na Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato, tentando provar que não tinha qualquer ligação com Sérgio Cabral e com ninguém relacionado ao ex-governador. Ela foi citada pela primeira vez no final de 2016.
*Uol