O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) foi citado pelo deputado estadual Paulo Melo na terça-feira, durante o depoimento que o parlamentar prestou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal durante as investigações da Operação Furna da Onça, deflagrada no último dia 8, que apura o envolvimento de políticos e servidores públicos numa rede de corrupção ligada ao ex-governador Sérgio Cabral. No depoimento, ele afirma que foi o governador que procurou os deputados para que eles indicassem cargos no governo, em especial no Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran), incluindo o da presidência do órgão.
Paulo Melo e os deputados Jorge Picciani e Edson Albertassi passaram nove horas depondo na sede da PF, na Praça Mauá, na última terça-feira. Segundo as investigações, parlamentares são acusados de transformarem à Assembleia Legislativa (Alerj) numa “propinolândia”.
Paulo Melo, ex-presidente da Alerj, também admitiu durante seu longo depoimento que fez indicações, revelando que um dos nomes foi o de Carla Adriana Pereira, diretora de Registro do Detran, suspeita de ser uma das operadores do esquema de loteamento do órgão. Ela foi uma das pessoas que tiveram a prisão decretada durante a operação Furna da Onça. Ao todo a Justiça mandou prender 22, dez eram deputados. Melo, Picciani e Albertassi já estavam presos.
O loteamento de cargos no estado envolvendo parlamentares e secretários de governo foi descoberto com a apreensão de uma planilha no computador do deputado Edson Albertassi, durante a Operação Cadeia Velha, deflagrada em 2017 pela Polícia Federal e o Ministério Público federal. Na relação há 290 nomes de pessoas indicadas por 64 políticos e secretários para ocuparem cerca de 870 cargos no governo fluminense. O computador foi encontrado na casa de Albertassi. Para os investigadores da PF e do MPF, o documento é a prova de que os parlamentares transformaram a Assembleia Legislativa (Alerj) numa “propinolândia”.
Segundo investigadores, o esquema montado pelos deputados foi intenso entre de 2011 a 2014, movimentou R$ 54 milhões e prosseguia na Alerj e no Palácio Guanabara. O inquérito aponta que os deputados recebiam “mensalinhos”, que variavam de R$ 20 mil a R$ 900 mil. O dinheiro seria proveniente de sobrepreço de contratos firmados entre o estado e empresas. A investigação começou após uma delação de Carlos Miranda, que era conhecido como “o homem da mala” do ex-governador Sérgio Cabral.
A Furna da Onça cumpriu 22 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal Regional Federal, sendo dez contra deputados — além de Picciani, Albertassi e Melo, foram detidos André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante), Marcus Vinicius Neskau (PTB) e Marcelo Simão (PP). Apenas o último não cumpre prisão preventiva.
O secretário estadual de Governo, Affonso Monnerat, também está entre os presos. Investigadores o acusam de cuidar do pagamento de propinas, fazendo uma ponte entre a Alerj e o Palácio Guanabara. Mas, segundo procuradores da República, não há indícios de envolvimento do governador Luiz Fernando Pezão no esquema.
A Furna da Onça também levou à cadeia Leonardo Jacob, presidente do Detran até o dia em que a operação foi desencadeada, e Vinícius Farah, que comandou o órgão e foi eleito deputado federal pelo MDB.
Fonte: O Globo
Paulo Melo e os deputados Jorge Picciani e Edson Albertassi passaram nove horas depondo na sede da PF, na Praça Mauá, na última terça-feira. Segundo as investigações, parlamentares são acusados de transformarem à Assembleia Legislativa (Alerj) numa “propinolândia”.
Paulo Melo, ex-presidente da Alerj, também admitiu durante seu longo depoimento que fez indicações, revelando que um dos nomes foi o de Carla Adriana Pereira, diretora de Registro do Detran, suspeita de ser uma das operadores do esquema de loteamento do órgão. Ela foi uma das pessoas que tiveram a prisão decretada durante a operação Furna da Onça. Ao todo a Justiça mandou prender 22, dez eram deputados. Melo, Picciani e Albertassi já estavam presos.
O loteamento de cargos no estado envolvendo parlamentares e secretários de governo foi descoberto com a apreensão de uma planilha no computador do deputado Edson Albertassi, durante a Operação Cadeia Velha, deflagrada em 2017 pela Polícia Federal e o Ministério Público federal. Na relação há 290 nomes de pessoas indicadas por 64 políticos e secretários para ocuparem cerca de 870 cargos no governo fluminense. O computador foi encontrado na casa de Albertassi. Para os investigadores da PF e do MPF, o documento é a prova de que os parlamentares transformaram a Assembleia Legislativa (Alerj) numa “propinolândia”.
Segundo investigadores, o esquema montado pelos deputados foi intenso entre de 2011 a 2014, movimentou R$ 54 milhões e prosseguia na Alerj e no Palácio Guanabara. O inquérito aponta que os deputados recebiam “mensalinhos”, que variavam de R$ 20 mil a R$ 900 mil. O dinheiro seria proveniente de sobrepreço de contratos firmados entre o estado e empresas. A investigação começou após uma delação de Carlos Miranda, que era conhecido como “o homem da mala” do ex-governador Sérgio Cabral.
A Furna da Onça cumpriu 22 mandados de prisão expedidos pelo Tribunal Regional Federal, sendo dez contra deputados — além de Picciani, Albertassi e Melo, foram detidos André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante), Marcus Vinicius Neskau (PTB) e Marcelo Simão (PP). Apenas o último não cumpre prisão preventiva.
O secretário estadual de Governo, Affonso Monnerat, também está entre os presos. Investigadores o acusam de cuidar do pagamento de propinas, fazendo uma ponte entre a Alerj e o Palácio Guanabara. Mas, segundo procuradores da República, não há indícios de envolvimento do governador Luiz Fernando Pezão no esquema.
A Furna da Onça também levou à cadeia Leonardo Jacob, presidente do Detran até o dia em que a operação foi desencadeada, e Vinícius Farah, que comandou o órgão e foi eleito deputado federal pelo MDB.
Fonte: O Globo