Um idoso, de 87 anos, foi vítima de dois bandidos e perdeu R$ 20 mil no golpe do “bilhete premiado”, em Vila Velha. A dupla acabou presa.
Dois homens, um de 53 e outro de 48 anos, são do Sul do Brasil e fazem parte de uma organização criminosa especializada em aplicar esse golpe em vários estados. O bando usa indevidamente bilhetes de loterias oficiais do governo para atrair as vítimas.
A delegada titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), Rhaiana Bremenkamp, explicou que as investigações começaram em julho, quando a vítima procurou a polícia.
“Ele contou que foi abordado por um dos criminosos, na saída de um consultório dentário. O suspeito se apresentou como uma pessoa da roça, que não tinha instrução e que precisava de ajuda para retirar um prêmio da loteria, porque sua casa tinha pegado fogo e tinha perdido todos os documentos”, explicou a delegada.
Como parte do golpe, o outro criminoso surge em um carro, e diz que vai ajudar, convencendo o idoso a também participar do auxílio ao “falso ganhador”.
Assim que o idoso de 87 anos concordou em ajudar, ele foi convencido pela dupla a sacar R$ 20 mil no banco, para mostrar que não tinha interesse no prêmio e que era de confiança.
“Fazem todo aquele teatro. Ligam para a loteria (que não existe), confirmam que o bilhete realmente é premiado, e daí começam a enganar a vítima e tiram os R$20 mil. Eles pedem o valor para a vítima como garantia, para que o valor do prêmio seja depositado em sua conta”, afirmou a delegada.
Posteriormente, acompanharam o idoso até em casa, para que ele pegasse algo. Quando a vítima saiu, os dois já tinham fugido.
A delegada informou ainda que os dois homens foram presos na última quinta-feira (30), quando retornaram da Região Sul para mais um golpe no Estado.
“Eles vinham ao Estado, usavam um carro que foi financiado com documentos falsos de uma dentista, e quando o carro passou pelo Cerco Eletrônico de Vitória, no bairro Goiabeiras, os dois acabaram presos em flagrante por receptação”, informou Rhaiana.
Os dois têm passagens no Rio Grande Sul, Paraná e Santa Catarina envolvendo o mesmo golpe. Eles vão responder por receptação, associação criminosa e estelionatário.
A Tribuna/
Imagem ilustrativa