Foto: Reprodução |
Uma jovem de São Vicente, litoral paulista, morreu após ter 85% do corpo queimado quando tentava usar álcool (etanol) para cozinhar. De acordo com a família, Angélica Rodrigues, de 26 anos, faleceu após ser transferida para um hospital especializado em cuidar de pacientes queimados, em São Paulo, depois de ter esperado quase 15 dias pela mudança de unidade de saúde.
Ela foi sepultada no domingo (10/4) no cemitério da Praia Grande, quatro dias após vir à óbito, na última quarta-feira (6/4). As informações são do portal Uol. A diarista Angélica Rodrigues era a única moradora de um barraco na comunidade do Parque Bitaru, localizada na periferia de São Vicente.
Ela ficou sem trabalhar durante a pandemia e, assim, sem recursos financeiros para comprar itens essenciais, como o gás de cozinha. O produto sofreu um aumento exponencial nos últimos meses e, em março, custou em média R$ 112,54 no país.
A mãe da vítima, a cozinheira Silvia Regina dos Santos, de 43 anos, contou que a filha passou a aderir o etanol para fazer a chama que serviria para cozinhar os poucos alimentos que Angélica conseguia comprar. Em um posto de gasolina, ela comprou um galão com o produto.
“Ela pegava uma lata de sardinha e colocava o álcool, usando como espiriteira. Punha fogo e a panela em cima. No dia do acidente, ela pensou que a chama do potinho tinha apagado e virou o galão de álcool, mas o fogo subiu para o galão. Ela se assustou, sacudiu o galão, e o fogo acabou se espalhando no corpo todo”, contou Silvia ao Uol.
Silvia afirma que a situação econômica do país propiciou o acidente. “Se a Angélica tivesse condições de comprar um botijão de gás, isso não teria acontecido. Tenho 43 anos e nunca na vida enfrentamos uma situação financeira tão difícil. Ela contou que estava comendo só arroz e macarrão instantâneo todo dia. Era o que o dinheiro dava para comprar”, desabafou a mãe da vítima.
Graças ao Bolsonaro, perdemos o poder de compra.
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