O Sindipetro-NF está em estado de alerta e se empenhando para atuar em prol dos trabalhadores, que voltaram a viver uma situação caótica nas plataformas, motivada pela nova onda de Covid-19 a bordo. Em menos de uma semana, o sindicato registrou denúncias de mais de 20 plataformas com contaminados. Com isso, há ainda uma preocupação com os contactantes, que podem fazer com que o cenário pandêmico se torne ainda mais grave.
Além da o estresse, que os trabalhadores estão vivendo em meio a esse cenário, a categoria ainda vem sendo vítima de uma série de outros transtornos como falta de cuidado adequado, testagem de forma indevida, dificuldade para desembarque e embarque entre outros.
Caos no desembarque
O Sindipetro-NF não para de receber denúncias de trabalhadores, próprios e terceirizados, que não conseguem desembarcar das plataformas, em meio a um novo avanço dos casos de Covid-19. Entre os relatos, há trabalhadores que já cumpriram sua escala de trabalho, outros que foram detectados com Covid-19 e ainda os contactantes.
Em P-31, por exemplo, os trabalhadores afirmam que tiveram que aguardar três dias além do previsto para conseguirem desembarcar. Além dos trabalhadores, que já tiveram sua escala concluída, há contaminados e contactantes também aguardando o desembarque, enquanto a empresa alega dificuldades para conseguir voos.
Já na P-25, os trabalhadores ficam indignados com a falta de gestão. Segundo a denúncia, no dia 02 de janeiro um trabalhador desembarcou com Covid-19 e somente no dia 11 de janeiro, a equipe sanitária esteve a bordo para realizar a testagem em massa. O mais agravante, é que na data estava marcado o desembarque dos trabalhadores, que tiveram que esperar dois dias a mais para desembarcarem.
Outra embarcação que enfrenta problemas é a NS-51 flotel Tiradentes. De acordo com algumas denúncias, os trabalhadores não estão conseguindo desembarcar e a empresa tem obrigado os mesmos a trabalharem na folga.
Na semana passada, o Sindipetro-NF denunciou a dificuldade que os trabalhadores estavam informando para agendar voos de desembarque emergencial. Eles relatam que ficam horas para conseguir atendimento na Central de Ligação Telefônica que aglutina todos os pedidos da Bacia de Campos, o que é o início do problema.
Para a diretoria do NF o caos está instalado no Norte Fluminense o que demonstra que há problemas na gestão de agendamento. O sindicato considera desumano uma pessoa com COVID a bordo não saber quando poderá voltar para casa e irá cobrar da empresa uma solução para o problema.
Hotéis lotados são outro problema que os trabalhadores enfrentam com nova onda de Covid-19
Para embarcar, a situação dos trabalhadores também não é nada favorável. Com os hotéis lotados, trabalhadores ficam sem amparo e sem informações de quando irão embarcar.
Segundo funcionários da Petrobrás, a orientação da empresa é que os trabalhadores se apresentem no hotel dois dias antes do embarque para testagem e confinamento. Porém, a empresa teria dispensado toda a força de trabalho por conta do aumento do número de casos de Covid a bordo e sem nenhuma orientação.
Há relatos também de outro grupo de trabalhadores, que já foram para o aeroporto três vezes e encontraram os voos cancelados e seguem sem uma previsão de embarque. Enquanto isso, seguem sem respostas e apreensivos devido a falta de vagas em hotéis para comportar todos os trabalhadores, que moram fora da região.