Um falso promotor de Justiça foi preso, nessa sexta-feira (10), tentando extorquir pessoas na cidade de São Gonçalo. De acordo com informações levantadas pela polícia civil, o falsário prometia a suas vítimas ajuda para reingressar no serviço público. Apenas da vítima que denunciou o acusado, o falso promotor teria conseguido extorquir cerca de R$ 3 mil.
A prisão foi efetuada por policiais da 74ª DP (Alcântara). De acordo com agentes da distrital, o acusado tinha conhecimento sobre processos jurídicos em tramitação e sabia como se aproveitar de informações para arrecadar pagamentos de custas. Além de se identificar como promotor, o suspeito ainda se dizia proprietário de um escritório de advocacia.
Os policiais conseguiram prender o falso promotor em flagrante enquanto tentava extorquir mais uma vítima. No momento em que foi abordado pelos agentes da 74ª DP, o acusado estava portando um simulacro de arma de fogo, do tipo pistola. Inicialmente, o homem se identificou aos policiais como promotor de justiça e, posteriormente, como advogado, apresentando um distintivo falso. Questionado se teria cadastro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o falso promotor nada apresentou.
Preso pelo crime de extorsão, o acusado foi conduzido à delegacia e, ao ser questionado pela autoridade policial sobre as denúncias, o homem preferiu se manter em silêncio. Além do simulacro de pistola, também foram apreendidos um veículo Peugeot 207 com indícios de adulteração (segundo informações da polícia), um telefone celular, uma carteira de identificação funcional do Ministério Público do Rio de Janeiro e GAECO-RJ, e um distintivo da OAB com a inscrição de “advogado”. De acordo com dados preliminares da investigação, o falso promotor foi identificado após vítimas fazerem a denúncia à Polícia Civil.
Veja o abaixo:
De acordo com relato da vítima que fez a denúncia, ele teria sido procurado pelo acusado em seu comércio e que o homem se apresentou como promotor de justiça. A vítima explicou que o falso promotor tinha conhecimento do processo judicial que tenta seu reingresso à Polícia Militar e que o homem ofereceu ajuda alegando que o processo apresentava várias “falhas jurídicas”. Num primeiro momento a vítima teria recusado a oferta, mas acabou aceitando quando o falso promotor alegou ser proprietário de um escritório de advocacia.
A vítima fez um primeiro pagamento de R$ 3 mil, mas, em seguida, foi novamente procurado pelo golpista que exigiu mais R$ 3 mil de honorários para dar seguimento ao processo. A vítima alegou não possuir a quantia e foi advertido pelo golpista de que, caso não fosse feito o novo pagamento, todo serviço realizado seria perdido. Desesperado, no dia em que iria novamente se encontrar com o falso promotor, a vítima procurou ajuda na 74ª DP. Policiais da distrital acompanharam a vítima ao local e prenderam o golpista em flagrante.
De acordo com a equipe de investigação, o próximo passo será identificar possíveis outras vítimas do falso promotor e tentar descobrir quanto o acusado lucrava com a prática.