O subdiretor da Cadeia Pública Cotrim Neto, em Japeri, na Baixada Fluminense, foi atacado a tiros por traficantes, na manhã dessa terça-feira, quando chegava para trabalhar. O inspetor penitenciário estava em uma viatura da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio, acompanhado de outro servidor, quando foi alvo dos criminosos próximo ao presídio. Os dois servidores passavam por uma ponte, na Rua Rio da Prata, quando três criminosos atiraram contra a viatura. Ambos reagiram, dando início a uma troca de tiros. Em seguida, os bandidos fugiram. A viatura foi atingida por um tiro, mas os agentes não se feriram.
Os episódios de violência na região têm se tornado cada vez mais frequentes na rotina de quem trabalha nos três presídios de Japeri. A situação obrigou a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) a buscar o auxílio da Polícia Militar, que faz operações no entorno das unidades para garantir a segurança dos servidores e visitantes dos presos.
O compexo de presídios de Japeri é composto por três unidades – Cadeia Pública Cotrim Neto e os presídios Milton Dias Moreira e João Carlos da Silva -, localizados no bairro de Engenheiro Pedreira, numa localidade predominantemente rural, com ruas de terra batida e extensa vegetação. No entorno, há comunidades como a Beira Rio, que são alvo de disputas entre as três facções criminosas do Rio.
Em setembro do ano passado, bandidos armados abordaram um agente penitenciário que chegava para trabalhar em uma das unidades prisionais de Japeri. Em meio à uma disputa pelas comunidades da região, eles fugiam de criminosos de uma quadrilha rival. Os traficantes obrigaram o servidor a levá-los até a favela de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, para em seguida liberá-lo.
Agentes penitenciários relataram, sob a condição de anonimato, que as abordagens dos criminosos costumam acontecer já próximo ao presídio, mas também há relatos de casos em que a ação dos bandidos ocorreram em pontos mais afastados.
“Algumas vezes eles abordam só pra intimidar mesmo. Querem dar um confere em quem está passando. Mas tem situações mais graves, como o colega que foi sequestrado”, afirma um inspetor, referindo-se ao caso do servidor levado até Manguinhos.
No fim de fevereiro deste ano, quatro agentes foram abordados por dois criminosos armados com pistolas perto da cozinha do complexo, que funciona numa unidade independente dos presídios. Os bandidos pararam o veículo no qual os servidores estavam, determinaram que eles abaixassem os vidros, checaram o que havia no interior e após a checagem, mandaram que eles seguissem em frente.
“Já está virando rotina, rapaziada. Acabei de passar agora aqui na cozinha, dois vagabundos de pistola mandaram abaixar o vidro, deram uma olhada e mandaram a gente seguir. Cuidado aí quem está chegando na cadeia, a galera que for chegar, a galera que for sair”, afirmou um dos agentes em áudio enviado em um grupo no WhatsApp.
Já no início de 2018, um agente chegava para trabalhar numa das unidades de Japeri, quando foi interpelado por um grupo de bandidos que roubaram seu carro. Com um dos comparsas feridos na guerra entre facções, os criminosos levaram o veículo para socorrê-lo. Segundo inspetores, a situação da violência em Japeri começou a se agravar com a inauguração do Arco Metropolitano, em 2014, que trouxe maior facilidade para acessar o município. Nos últimos dois anos, no entanto, a situação tem piorado por causa da guerra entre quadrilhas rivais, que tem como principais personagens três traficantes presos.
Breno da Silva de Souza, o BR, é chefe das favelas dominadas pela facção Amigos dos Amigos (ADA), Ipojucan Soares de Andrade, o Coroa do Guandu, comanda as comunidades do Comando Vermelho (CV) e Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, recentemente passou a fazer parte do Terceiro Comando Puro (TCP). Os três disputam o domínio das comunidades de Japeri.
Nas operações realizadas pela Polícia Militar no entorno dos presídios, são comuns os confrontos com criminosos e a apreensão de fuzis. Em outubro do ano passado, os PMs do 24º BPM (Queimados) fizeram uma ação na Beira Rio para garantir a segurança de um oficial da corporação que iria a um dos presídios em Japeri para ouvir o depoimento de um preso. Na operação, após intenso confronto entre criminosos e policiais, dois traficantes foram encontrados mortos. Com eles, havia dois fuzis. Dos três presídios de Japeri, um deles (João Carlos da Silva) abriga presos do CV. Os outros dois são considerados neutros.
Nessa terça-feira, após o ataque ao subdiretor da Cadeia Pública Cotrim Neto, Agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) da Seap foram acionados e vasculharam o local onde os criminosos estavam. Eles encontraram, na vegetação, uma pistola, carregador, munição, drogas, um celular e radio transmissores. Ainda na tarde dessa terça-feira, a Polícia Militar fez uma operação na mesma favela e também na comunidade do Orfanato, onde um suspeito foi baleado. Com ele, foi encontrada uma pistola e um rádio transmissor.
Fonte: info povo
Os episódios de violência na região têm se tornado cada vez mais frequentes na rotina de quem trabalha nos três presídios de Japeri. A situação obrigou a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) a buscar o auxílio da Polícia Militar, que faz operações no entorno das unidades para garantir a segurança dos servidores e visitantes dos presos.
O compexo de presídios de Japeri é composto por três unidades – Cadeia Pública Cotrim Neto e os presídios Milton Dias Moreira e João Carlos da Silva -, localizados no bairro de Engenheiro Pedreira, numa localidade predominantemente rural, com ruas de terra batida e extensa vegetação. No entorno, há comunidades como a Beira Rio, que são alvo de disputas entre as três facções criminosas do Rio.
Em setembro do ano passado, bandidos armados abordaram um agente penitenciário que chegava para trabalhar em uma das unidades prisionais de Japeri. Em meio à uma disputa pelas comunidades da região, eles fugiam de criminosos de uma quadrilha rival. Os traficantes obrigaram o servidor a levá-los até a favela de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, para em seguida liberá-lo.
Agentes penitenciários relataram, sob a condição de anonimato, que as abordagens dos criminosos costumam acontecer já próximo ao presídio, mas também há relatos de casos em que a ação dos bandidos ocorreram em pontos mais afastados.
“Algumas vezes eles abordam só pra intimidar mesmo. Querem dar um confere em quem está passando. Mas tem situações mais graves, como o colega que foi sequestrado”, afirma um inspetor, referindo-se ao caso do servidor levado até Manguinhos.
No fim de fevereiro deste ano, quatro agentes foram abordados por dois criminosos armados com pistolas perto da cozinha do complexo, que funciona numa unidade independente dos presídios. Os bandidos pararam o veículo no qual os servidores estavam, determinaram que eles abaixassem os vidros, checaram o que havia no interior e após a checagem, mandaram que eles seguissem em frente.
“Já está virando rotina, rapaziada. Acabei de passar agora aqui na cozinha, dois vagabundos de pistola mandaram abaixar o vidro, deram uma olhada e mandaram a gente seguir. Cuidado aí quem está chegando na cadeia, a galera que for chegar, a galera que for sair”, afirmou um dos agentes em áudio enviado em um grupo no WhatsApp.
Já no início de 2018, um agente chegava para trabalhar numa das unidades de Japeri, quando foi interpelado por um grupo de bandidos que roubaram seu carro. Com um dos comparsas feridos na guerra entre facções, os criminosos levaram o veículo para socorrê-lo. Segundo inspetores, a situação da violência em Japeri começou a se agravar com a inauguração do Arco Metropolitano, em 2014, que trouxe maior facilidade para acessar o município. Nos últimos dois anos, no entanto, a situação tem piorado por causa da guerra entre quadrilhas rivais, que tem como principais personagens três traficantes presos.
Breno da Silva de Souza, o BR, é chefe das favelas dominadas pela facção Amigos dos Amigos (ADA), Ipojucan Soares de Andrade, o Coroa do Guandu, comanda as comunidades do Comando Vermelho (CV) e Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, recentemente passou a fazer parte do Terceiro Comando Puro (TCP). Os três disputam o domínio das comunidades de Japeri.
Nas operações realizadas pela Polícia Militar no entorno dos presídios, são comuns os confrontos com criminosos e a apreensão de fuzis. Em outubro do ano passado, os PMs do 24º BPM (Queimados) fizeram uma ação na Beira Rio para garantir a segurança de um oficial da corporação que iria a um dos presídios em Japeri para ouvir o depoimento de um preso. Na operação, após intenso confronto entre criminosos e policiais, dois traficantes foram encontrados mortos. Com eles, havia dois fuzis. Dos três presídios de Japeri, um deles (João Carlos da Silva) abriga presos do CV. Os outros dois são considerados neutros.
Nessa terça-feira, após o ataque ao subdiretor da Cadeia Pública Cotrim Neto, Agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) da Seap foram acionados e vasculharam o local onde os criminosos estavam. Eles encontraram, na vegetação, uma pistola, carregador, munição, drogas, um celular e radio transmissores. Ainda na tarde dessa terça-feira, a Polícia Militar fez uma operação na mesma favela e também na comunidade do Orfanato, onde um suspeito foi baleado. Com ele, foi encontrada uma pistola e um rádio transmissor.
Fonte: info povo