Gaego, do MP, e policiais militares cumpriram mandado na casa da prefeita Amanda Quinta (PSDB), sob suspeita de fraudes em licitações , superfaturamento e vantagens ilícitas.
Ao anoitecer, a prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (PSDB), ES, foi alvo o Ministério Público que deflagrou a operação RUBI.
A casa da prefeita foi referência para busca e apreensão e a operação visa desbaratar quadrilha que lesa o cofre público do Município. Trata-se de uma quadrilha organizada, possivelmente, com conhecimento e cooperação da Chefe do Executivo.A investigação colhe provas sobre direcionamento de licitações em favor de pessoas jurídicas, pagamento indevido a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos de prestação de serviço público.
A operação consiste, inicialmente, no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, cinco mandados de afastamento funcional de agentes públicos e 11 mandados de proibição de acesso às dependências de órgãos públicos. Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e policiais militares estão na casa da prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta (PSDB).
Também são cumpridos mandados na sede da prefeitura. Também estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão pelos agentes do Gaeco, sendo nove em Presidente Kennedy, cinco em Marataízes, dois em Jaguaré, um em Piúma, um em Cachoeiro de Itapemirim, um em Linhares, um em Jerônimo Monteiro, dois na Grande Vitória, e dois no Estado do Rio de Janeiro, emitidos pelo juízo da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.
Residência de investigados e dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são os alvos das ações.
PROPINA
As investigações colheram fortes indícios do envolvimento de agentes políticos e servidores municipais no recebimento de propina de empresários dos ramos de limpeza pública e transporte coletivo como contraprestação a benefícios financeiros em licitações e contratos e possível enriquecimento indevido dos envolvidos. Ao todo, cinco membros do Ministério Público (um procurador de Justiça e quatro promotores de Justiça) coordenam os trabalhos, auxiliados por 22 agentes do Gaeco e por policiais militares.
A partir da agora vão analisar documentos, computadores, dados e depoimentos de investigados e testemunhas que serão colhidos nas próximas semanas.
CRIMES
Os crimes investigados estão previstos no Dec-Lei nº 201/67, na lei nº 12.850/13 (organização criminosa), lei nº 8.666/93 (fraude em licitações), Lei n. 9.613/98 (lavagem de dinheiro), além de corrupção ativa, passiva e falsidade ideológica.
Folha do ES