Honestidade também se aprende em casa! Quatro garotos acharam quase R$ 12 mil em um prédio abandonado, onde funcionava uma creche em Santa Rosa de Goiás.
Mesmo sendo de famílias com uma situação financeira limitada, os adolescentes entenderam que não deveriam ficar com um dinheiro e entregaram para a polícia.
Gabriel Valentim de Souza, 13 anos, Marcos Antônio de Araújo, 12, Bruno Feliciano da Silva Santos, 13, e Luiz Augusto Araújo, 16, estavam jogando futebol no prédio abandonado, onde funcionava uma creche da Prefeitura.
Depois de um chute mais forte, a bola foi parar na cozinha.
Os garotos foram até procurar pela bola e acabaram achando o dinheiro escondido no fundo falso de uma das paredes.
O dinheiro estava, segundo eles, em um saco plástico de arroz.
Os meninos contaram que pensaram em comprar celular, bicicleta e videogame, mas a realidade e a honestidade falaram mais alto.
Orgulho
A atitude dos garotos orgulhou moradores da pacata cidadezinha, de 3 mil habitantes, que fica 80 km de Goiânia.
A mãe de Bruno, Natalícia Maria dos Santos, contou que foi do próprio filho a iniciativa de procurar a polícia. “Ele chegou correndo quase morrendo e falou para a gente ir na delegacia”, disse Natalícia.
A dona de casa Recilda Bárbara de Araújo, mãe do Marcos e Luiz Augusto, também ficou orgulhosa dos filhos.
“Eles levaram por conta deles para polícia e depois contaram para a gente. Foram honestos e não esconderam nada”, disse Recilda, contando que ela, os quatro filhos e o marido vivem com um salário mínimo mensal, que o chefe de família consegue atuando como pedreiro autônomo.
O também pedreiro Valdimar Valentim de Souza, pai do Gabriel, também ficou feliz com a atitude do filho. “O que ele fez foi digno. É da criação que ele tem né, com a mãe ali em cima”, afirmou.
O dono
Na comunidade, as pessoas comentam que por muito tempo, um senhor morou no local.
Era um aposentado que recolhia material reciclável e que morreu há quase dois anos.
A Polícia Civil informou que está procurando pela família do senhor que seria o dono do dinheiro e faleceu.
O valor, segundo a polícia, foi depositado em uma conta judicial enquanto espera ser devolvido para os donos.
Com informações do G1