Morreu na manhã deste sábado (26), por volta das 11h30, o deputado federal eleito Wagner Montes (PRB). O parlamentar e apresentador de TV tinha 64 anos e estava internado há dois meses no Hospital Barra D'Or para o tratamento de uma infecção urinária. A causa da morte foi choque séptico e sepse abdominal.
Em novembro de 2018, o deputado já tinha sofrido um infarto.
O velório será realizado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em data e horário que ainda serão confirmados pela família.
Wagner Montes foi eleito deputado federal nas últimas eleições pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), com 65.868 votos. Ele estava no terceiro mandato na Alerj.
Casado há 30 anos com a apresentadora Sônia Lima, Wagner também era advogado e apresentava telejornais na TV Record.
Presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano (PT) expressou "profunda tristeza" pela morte do "amigo, irmão e companheiro de trabalho".
"Hoje perdemos uma grande figura, mas o céu ficará mais divertido. Siga em paz, meu irmão. Que deus conforte a família neste momento de dor, toda minha solidariedade à esposa do Wagner, filhos, amigos e colegas de trabalho", emendou.
Criado no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o político teve uma infância pobre. Na juventude trabalhou como garçom, vendedor de camisas e açougueiro.
Em 1974, estreou na Rádio Tupi, passando em 79 para a TV, onde apresentou os programas “Aqui e Agora” na extinta TV Tupi e “O Povo na TV” na TVS, hoje SBT. O apresentador comandou diversos programas ligados à música e às causas populares. Ao todo foram 17 anos trabalhando na emissora de Silvio Santos, período em que conheceu a atriz Sônia Lima - no Show de Calouros.
Em 1981, Wagner sofreu um grave acidente a bordo de um triciclo, na Zona Sul do Rio.
Em sua carreira como artista de televisão, Wagner teve destaque apresentando o programa “Balanço Geral”, da TV Record. Seu bordão “escraaacha” era repetido por crianças, jovens e adultos e tornou-se uma marca.
Wagner Montes elegeu-se deputado estadual no ano de 2006, com a expressiva votação de 111.802 votos. Em 2010, com 528.628 votos, destacou-se como o deputado estadual mais votado da história política do Estado do Rio de Janeiro. Seu mandato teve forte atuação nas áreas de segurança pública, saúde e educação.
O parlamentar ocupou por quatro anos o cargo de 1º Secretario da Mesa Diretora da Alerj. Na eleição de 2014, foi reeleito, com 208.814 votos e foi o segundo deputado estadual mais votado naquela eleição.
G1