O governo estadual e a Assembleia Legislativa chegaram a um acordo financeiro nesta quarta-feira para permitir a convocação de cerca de três mil policiais militares aprovados em concurso público e 195 policiais civis, sendo 81 oficiais de cartório e 114 papiloscopistas. O Palácio Guanabara diz que o chamamento será em fevereiro.
A Alerj se comprometeu a arcar com salários e demais despesas oriundas da iniciativa até o fim do ano que vem, o que acarretará em custo anual de cerca de R$ 105,5 milhões em 2019 e em 2020. O pacto foi selado entre o presidente da Casa, André Ceciliano (PT), e o secretário de Governo de Wilson Witzel, Gutemberg de Paula Fonseca.
— A ideia agora é convocar os concursados de imediato para reforçar o patrulhamento nas ruas com policiais militares e também com quadros da Polícia Civil. O chamamento será feito em fevereiro — disse Fonseca ao GLOBO.
Ceciliano afirma que o acordo poderá ser feito graças a uma economia de R$ 370 milhões feita pela Alerj no ano passado. E que pedirá ao governador Wilson Witzel (PSC) que ao menos metade do efetivo de policiais militares a ser convocado seja destinada à Baixada Fluminense.
— O estado deixará de depositar os duodécimos (repasses obrigatórios) a que a Alerj teria direito. E se comprometeu a usar a verba para o reforço policial. No ano de 2020, o acordo vai beneficiar o governo com R$ 105,5 milhões. Neste ano de 2019, como o mês de janeiro já passou, o valor será um pouco menor. Vou pedir ao governador que pelo menos 50% dos PMs convocados atuem na Baixada, que sofre com déficit imenso de policiais — disse Ceciliano.
Jornwl Extra