Agentes que fazem uma vistoria no Complexo Prisional da Polícia Militar, no bairro do Fonseca, em Niterói, município da Região Metropolitana do Rio, encontram 70 euros (e não 500, como havíamos informado anteriomente), além de 36 dólares, 6 mil pesos colombianos e 25 yuans (moeda chinesa) com o governador Luiz Fernando Pezão, que está preso na unidade. Ele presta depoimento neste momento. O dinheiro foi encontrado por agentes da Corregedoria da PM.
Mais cedo, haviam sido localizados sete celulares na área comum nos fundos da cadeia, fora das celas, e foram localizados com o auxílio de equipamentos que detectam ondas eletromagnéticas.
A inspeção é feita a pedido da direção do presídio ao Comando Conjunto.. Equipes das Forças Armadas e corporação chegaram ao presídio no início da manhã. De acordo com o Comando Militar do Leste (CML) foram mobilizados 160 militares das Forças Armadas e 100 policiais militares. O presídio foi alvo de pelos menos outras duas inspeções no início deste mês. Nenhuma irregularidade foi encontrada.
Pezão se encontra numa sala da cadeia. Ele foi obrigado pela direção da unidade a usar o mesmo uniforme dos demais detentos: um short preto com camisa branca. Funcionários do presídio contaram que, inicialmente, ele pediu para usar suas próprias roupas, já que não é policial militar. O diretor da unidade negou o pedido.
O governador e o ex-procurador-geral de Justiça, Claudio Lopes, que está na mesma unidade, tiveram os cabelos cortados. Os dois estão na ala reservada aos oficiais da PM.
Pezão foi preso no dia 29 de novembro deste ano, no Palácio Laranjeiras, residência oficial de governadores, na Zona Sul do Rio. Ele foi o primeiro governador do Rio a ser preso durante o mandato. Pezão é acusado de ter recebido R$ 40 milhões em propinas — ele teria continuado o esquema criado por Sérgio Cabral.
Jornal Extra