COMANDANTE DA PMES CRITICA PROPOSTA SOBRE ABATER CRIMINOSOS COM FUZIS


Comandante geral da Polícia Militar coronel Alexandre Ramalho. Governo do Estado entrega novas viaturas para a Polícia Militar

Coronel Alexandre Ramalho afirmou que a medida, sugerida pelo governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), desrespeita os Direitos Humanos.
O comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Alexandre Ramalho, fez duras críticas à proposta do governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de autorizar policiais a “abaterem” criminosos que estiverem portando fuzis, sem que haja nenhum tipo de responsabilização.
Durante uma cerimônia de formatura de um curso de aperfeiçoamento de oficiais, que ocorreu no Palácio Anchieta, na manhã de ontem (13), Ramalho afirmou, em seu discurso, que a medida desrespeita os Direitos Humanos.
“Isso é muito sério e seria muito fácil se pudéssemos resolver assim. Mas isso não traz à luz do respeito dos Direitos Humanos. Temos que primar pela educação, por cursos profissionalizantes”, opinou.

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O comandante da PM não citou o nome do governador eleito do Rio, mas falou da proposta e disse que as autoridades tinham que tomar cuidado com medidas populistas que foram anunciadas durante as eleições.
Na saída da cerimônia, a reportagem da CBN Vitória abordou o comandante da PM, que reforçou o posicionamento e disse que a proposta é ilegal. “A legislação não nos permite atuar dessa forma. Temos as excludentes de ilicitudes. As únicas que se avizinham da atuação policial lá na ponta é a legítima defesa, de outrem ou do próprio policial militar. Mas isso não nos dá o direito de identificar o sujeito com fuzil e abater. Nós entendemos que temos que ter propostas que valorizem os Direitos Humanos e avancem no campo da educação”, destacou.
Na prática, Wilzon Witzel afirma que vai “autorizar policiais a abaterem criminosos” que estejam portando fuzis em qualquer circunstância, mesmo sem confronto. O plano de Witzel prevê, inclusive, o treinamento de atiradores de elite, a liberação de disparos de helicópteros e até o uso de drones capazes de atirar, medidas que causaram polêmica. A proposta, no entanto, recebeu várias críticas, entre elas do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que declarou que a iniciativa seria ilegal e que a ideia dependeria de uma mudança na lei federal.
Fonte: CBN Vitória (92,5 FM)

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