São Fidélis-RJ na Lava Jato

Na 16ª denúncia contra o ex-governador Sérgio Cabral, força-tarefa aponta pagamento de propina em obras executadas no Norte e Noroeste  Fluminense;

Da redação
Sabe São Fidélis, a cidade poema do norte Fluminense? Entrou no furacão da Operação Lava Jato, no Rio de Janeiro. As obras do programa Somando Forças, realizadas pelo governo Cabral no município por meio de convênio com a Prefeitura, é um dos ingredientes na 16ª denúncia contra o ex-governador do Rio. Mas o radar está mirando outras cidades da região.
O caldo escoa para o Norte e Noroeste Fluminense em virtude das obras locais nas quais houve o acerto de pagamento de propina com a empresa União Norte Fluminense (a mesma que é dona do contrato do lixo em São João da Barra). O esquema, segundo depoimentos, era comandado por Henrique Ribeiro e Sérgio Cabral, com o auxílio dos operadores financeiros Lineu Martins, Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra. A propina teria rolado na execução da pavimentação da rodovia RJ 230, obras de conservação de São Fidélis, obras na rodovia RJ 220 e obras na rodovia RJ 186.
ENTENDA O CASO
A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro denunciou Sérgio Cabral pela 16ª vez e outras quatro pessoas – Henrique Ribeiro, Lineu Martins, Luiz Carlos Bezerra e Wilson Carvalho – por crimes na Fundação Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (Funderj). A ramificação da organização criminosa, segundo a força-tarefa, foi descoberta a partir dos desdobramentos das operações Calicute e Eficiência.
O sistema de propina opera na Funderj (responsável por execução de obras em estradas) contava com o auxílio de Wilson Carvalho, operador administrativo do grupo, e revelou dois novos membros da organização criminosa de Cabral: o ex-presidente da Funderj, Henrique Ribeiro, e o seu ex-chefe de gabinete Lineu Martins, presos na Operação C’est Fini.
Em material colhido em busca e apreensão da Operação Calicute, na casa do operador financeiro Luiz Carlos Bezerra, foi possível conectar anotações da contabilidade paralela da organização criminosa com os alvos das medidas cautelares cumpridas hoje. Lineu Castilho era identificado, nas anotações de Bezerra, como “Boris”, também conhecido como “Russo” e “Kalash”. Ele teria aportado cerca de R$ 17 milhões para a organização criminosa, atuando sempre como braço-direito e operador financeiro do ex-presidente da Funderj, Henrique Ribeiro, entre 2008 e 2014. A movimentação de valores se dava por dinheiro em espécie e este era internalizado no caixa dos criminosos, sendo, posteriormente, distribuído aos seus integrantes e parentes.
Fontes: agência viu
Blog :Time News

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